As mãos e os gestos que podem curar


Por Patrícia Morgado

Dores nas costas, cefaléias, desvios na coluna. Estas são algumas das enfermidades que os quiropraxistas tratam por meio de manobras feitas com as mãos. Todos movimentos pretendem ajustar e corrigir problemas da coluna e articulações, sem recorrer a medicamentos ou cirurgias.

Apesar de pouco conhecida no Brasil, a Quiropraxia é praticada desde 1895, quando foi criada pelo canadense David Palmer, nos Estados Unidos. Atualmente, existem dois grupos que trabalham com a técnica no País: os quiropraxistas e os quiropratas. Jason Gilbert, de 31 anos, membro da Associação Brasileira de Quiropraxia (ABQ), afirma que a diferença entre os dois segmentos é grande. "A Quiropraxia exige de seus profissionais curso de graduação de cinco a seis anos. A Quiropatia, segmento da quiropraxia, só existe no Brasil, além de ser um curso técnico de menos de dois anos".

Apenas dois cursos

Diferentemente do que acontece em outros países, atualmente apenas duas instituições ministram o curso de Quiropraxia no País: a Universidade Anhembi Morumbi, em São Paulo, e o Centro Universitário Feevale, no Rio Grande do Sul.

A professora do Senac, entidade que ministra o curso técnico de Quiropatia, Carmen Fátima Prada de Fretas, de 32 anos, acredita que o mercado está carente de profissionais. "Pelo menos 90% da população precisa de algum ajuste na coluna", afirma.

O quiropata e o quiropraxista podem trabalhar em consultórios, ambulatórios e academias de ginástica. Cada sessão dura em média de 40 a 50 minutos e custa de R$ 60 a R$ 140.

Ildson Veríssimo da Silveira, de 47 anos, decidiu há dois abrir sua própria clínica, em parceria com um amigo. Para difundir a atividade, coloca anúncios em jornais, revistas e emissoras de rádio. Além disso dá palestras e até mesmo durante a consulta procura esclarecer qual a função da Quiropatia. "Explicar o que é, como e quando recorrer a Quiropatia é fundamental para o reconhecimento e divulgação da atividade que exercemos", proclama.

Publicado originalmente no Jornal Diário de S. Paulo em 14 de outubro de 2001 - Empregos - Ano 4 - número 217