Por Patricia Morgado
A engenharia é uma área que está sempre ampliando o seu campo de atuação. Antes era comum ouvirmos falar somente em engenheiros civis, elétricos ou mecânicos. Depois a atenção dos profissionais se voltou para a mecatrônica. Atualmente, a engenharia da computação é um dos ramos que mais cresce em número de interessados. A razão disso é a rapidez dos avanços tecnológicos e o rápido retorno financeiro para esses profissionais.
O engenheiro de computação cria computadores e programas operacionais. O campo de trabalho, portanto, está voltado principalmente para as empresas fabricantes de computadores. No entanto, também é possível trabalhar em empresas de telecomunicações e provedores de Internet.
Ângelo Sebastião Zanini, 39 anos, coordenador do curso de Engenharia da Computação da Universidade São Judas Tadeu, afirma que "além da parte tecnológica, o profissional deve estar atento a tudo o que o mercado oferece, independentemente do campo de atuação em que estiver trabalhando."
Danilo Tomasulo De Vicente, 26 anos, trabalha na Compaq há um ano e meio. Sua função é tirar dúvidas dos usuários dos computadores da empresa. "Sempre tive o hábito de ler bastante, pois acho que os conhecimentos não devem ser adquiridos só na faculdade", conta.
A engenheira Francine Beluco, de 25 anos, se formou há dois. Hoje ela trabalha no provedor Universo On-Line (UOL), desenvolvendo programas interativos para o site, que a cada dia pede novidades. "O segredo é descobrir as necessidades do mercado. A satisfação do cliente é o melhor retorno profissional", afirma.
O curso dura de cinco a seis anos, dependendo da carga horária de cada universidade. Durante as aulas os alunos aprendem conceitos de Hardware - construção de equipamentos computadorizados - e software, programas de computador.
Eduardo Campo Pardo, 28 anos, que desenvolve programas na empresa Moore do Brasil, acredita que é importante para o profissional saber lidar com as pessoas. "Como trabalhamos com a parte de desenvolvimento, é fundamental saber atuar em equipe. Afinal, o resultado do trabalho depende do sucesso do conjunto", afirma. Além da graduação, é importante que os formados em Engenharia de Computação tenham conhecimentos de língua inglesa. Isto porque a maioria dos manuais de aprendizagem são escritos em inglês. Cursos de especialização também valorizam o profissional no mercado. "Dependendo do segmento em que estiver atuando, o engenheiro escolhe se fará uma pós-graduação na qual poderá trabalhar na parte de pesquisa científica", ressalta o coordenador Zanini.
A média salarial varia de R$ 2500 a R$ 4000, de acordo com o grau de aperfeiçoamento profissional.
Publicado originalmente no Jornal Diário Popular em 27 de maio de 2001 - Caderno de Empregos - Ano 4 - Número 197