Cor e mercado na área de bijuterias
Por Patrícia Morgado
Aproveitando-se da vaidade feminina, os fabricantes de bijuteria ou designers, como também são conhecidos, unem a criatividade e o colorido das miçangas e pedras de strass para compor colares, brincos, anéis e pulseiras dos mais diferentes gostos e estilos.
Seguindo as tendências da moda, estes profissionais não tem medo de serem modernos ou arrojados e estão sempre à procura de novidades. "Faço pesquisas em revistas especializadas, Internet e fico de olho na moda. Afinal, a bijuteria é o complemento de outros acessórios como cintos e bolsas", afirma Mauro Emílio Aburachid, de 37 anos, há 20 na área. Para produzir suas peças, ele utiliza materiais como latão, madeira, couro e resina. "Apesar de ser considerado um item supérfluo, a bijuteria é um presente barato e que enfeita. Por isso, nunca falta compradores."
Da mesma forma, Michele de Souza Moisés, de 22 anos, acredita que o mercado está em constante expansão. "O segmento da moda está em evidência e pede acessórios especiais. Ele necessita de pessoas criativas e dinâmicas, que apostem no diferente. Nosso campo está aí", conta.
Geralmente, os cursos que ensinam as técnicas para a fabricação de bijuterias tem em média dois meses de duração. Existem ainda vídeos ou revistas especializadas que explicam, detalhadamente, os passos para a fabricação. No entanto, muitas pessoas apostam no dom e só depois começam a fazer qualquer tipo de curso.
Foi o que aconteceu com as irmãs Isabela, Angélica e Patrícia de Pádua, que há 6 anos abriram a Three Sisters. "Começamos em casa. Vendíamos para lojas de shopping e amigos. Depois de algum tempo vieram os pedidos, que não pararam mais", conta Angélica.
Com a saída de Patrícia. há 3 anos, as duas irmãs divulgam seu trabalho em locais como feiras, shoppings e fábricas de roupas e chegam a trabalhar até doze horas por dia. Para produzir novos modelos, Isabela faz constantes cursos de atualização, viaja muito e assina quase todas as revistas estrangeiras. "A concorrência existe e é grande. No entanto, ficam em destaque os que trouxerem peças exclusivas e bonitas", relata Angélica.
Como a maioria desses profissionais trabalha por conta própria, a média salarial dependerá da quantidade dos objetos que forem vendidos. Um par de brincos, por exemplo, possui um preço variável de R$ 7 a R$ 70. Já um colar com pedras sintéticas e banhado a prata pode custar até R$ 250.
Publicado originalmente no jornal Diário de S. Paulo em 25 de novembro de 2001 - Empregos - Ano 5 - número 223